Qual o papel dos “Nudges” nas finanças pessoais?

Conceito desenvolvido por Richard Thaler.

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Os “nudges” são técnicas de design de políticas que visam influenciar o comportamento das pessoas de forma suave e indireta, sem restringir as suas opções. No mundo das finanças pessoais podem ser usados para ajudar as pessoas a tomar decisões financeiras mais saudáveis, como poupar mais dinheiro, investir em aposentadoria ou evitar dívidas excessivas. Por exemplo, a opção padrão automática, onde as pessoas são automaticamente inscritas em um plano de poupança, mas tem a opção por sair, é um exemplo de um nudge eficaz.

Mercado de trabalho em 2023

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Todo início de ano é marcado pela renovação de esperanças, novos planos e expectativas e evidentemente isto passa pelas nossas expectativas profissionais e de carreira. Prever com exatidão como se dará a dinâmica da economia, o mercado de trabalho e os empregos em 2023 é quase impossível, pois depende de inúmeras variáveis, tecnológicas, políticas, sociais, dentre outros.

No entanto, isto não significa que não possamos identificar algumas tendências, e abaixo, listo algumas delas para este ano de 2023 que podem ser úteis para se planejar:

  • Continuação do trabalho remoto ou híbrido. Devido à pandemia de COVID-19, muitas empresas implementaram o trabalho remoto em larga escala, algumas delas se deram conta que, além de ser uma demanda de muitos profissionais, podem representar, num cenário de recessão mundial, importante redução de custos. Então é provável que muitas empresas continuem adotando o trabalho remoto em alguma medida.
  • Forte demanda por habilidades digitais: A tecnologia e a digitalização estão se tornando cada vez mais importantes nas empresas, e isso pode levar a um aumento da demanda por profissionais com habilidades digitais, esta tendência creio que não se aplica só para 2023, mas também para os próximos anos.
  • Novas oportunidades de trabalho: A implementação de novas tecnologias pode criar oportunidades de trabalho e carreiras, como também de serviços.
  • Flexibilidade: É provável que haja maior flexibilidade em relação ao local de trabalho e às horas de trabalho, como resultado do trabalho remoto e da implementação de tecnologias de colaboração. Embora enfrente resistência de muitos gestores e executivos, esta é uma demanda vinda de muitos profissionais e será um diferencial na retenção de talentos.
  • Capacidade de adaptação: Compreender que a dinâmica do mundo de trabalho vem se modificando constantemente exige de todos uma capacidade de adaptação e aprendizagem constante.
  • A tecnologia e a capacidade de inovação, na velocidade em que vem se dando, requer de todos atualização e cria a possibilidade de transição de carreira para muitos, neste sentido, educação profissional e formações técnicas e tecnológicas, com ênfase no digital, expandirão suas ofertas neste ano (e nos próximos).

Estas são algumas das tendências identificadas para este ano, e podem servir de parâmetro para o planejamento de vida e carreira. Como todo cenário, existem ameaças e oportunidades, assim, compreender os movimentos e a dinâmica do mercado de trabalho são fundamentais para se estruturar (e atualizar) seu plano de carreira.

5 Razões para acreditar no futuro

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O modo como encaramos a vida e os contextos ao nosso redor muitas vezes são afetados pelas nossas vivências prévias, experiências boas ou ruins que fomos tendo ao longo de nossa trajetória.

Não podemos esquecer também, que muitas vezes somos levados a julgar fatos e acontecimentos influenciados pelo nosso humor do momento, pelo humor das pessoas ao nosso redor ou estados de ânimo que podem nos levar a olhar para o copo, hora mais cheio, hora mais vazio.

Mas e quanto ao nosso futuro? Será que o modo como o enxergamos também não estaria submetido as mesmas influências? 

A cultura contemporânea e a indústria do entretenimento se utilizam de sentimentos compostos de nossos maiores medos e inseguranças para produzir seus conteúdos e capturar nossa atenção.

Este traço aparece nas séries televisivas e na produção cinematográfica, em que alimentados pelos nossos maiores medos coletivos vemos uma sequência de obras distópicas em que o futuro da humanidade e da forma como vivemos é cenarizada sempre de modo apocalíptico, como um desastre que nos levaria a extinção, do planeta ou da espécie.

Mas e se fizermos um exercício na direção oposta, tentarmos olhar para o lado cheio do copo, teríamos motivos para pensar que o futuro será melhor?

Para responder a esse exercício arrisco listar 5 razões que poderiam nos levar a acreditar num futuro melhor.

  1. Desenvolvimento tecnológico – Para todo lado que se olhe nessa área temos evoluído rapidamente nos últimos anos, e é provável que continue evoluindo no futuro. Isso pode trazer soluções e respostas para muitos dos problemas que enfrentamos hoje, como mudanças climáticas, doenças, crise energética e falta de recursos.
  2. Maior conscientização social: A conscientização sobre questões sociais e ambientais está aumentando em todo o mundo, e isso pode levar a mudanças positivas na forma como tratamos uns aos outros e como cuidamos do planeta.
  3. Cooperação internacional: A cooperação internacional é importante instrumento para os desafios globais que enfrentamos de tempos em tempos, como a pandemia de COVID-19. Quanto mais cooperação mais chances teremos de encontrar soluções e fazer um mundo melhor.
  4. Inovação e criatividade: As pessoas têm a capacidade de pensar fora da caixa e encontrar soluções inovadoras para os problemas que enfrentamos. Isso pode levar a avanços significativos e soluções ainda não conhecidas no presente.
  5. Resiliência humana: As pessoas têm mostrado ser capazes de superar muitos obstáculos e dificuldades, e essa força pode ser a base pela qual imaginamos que é possível continuar avançando num horizonte de médio e longo prazo mais construtivo e consistente.

Essas são apenas algumas das razões pelas quais é possível acreditar num futuro melhor.

Sabemos que a realidade e o futuro tem a marca da imprevisibilidade e que não podemos controlar tudo o que acontece, mas as razões listados acima podem equilibrar o jogo e se não dá pra ser otimista com o futuro, é possível termos confiança de que possuímos ferramentas para enfrentar e superar os desafios que o futuro pode nos apresentar.

E você, vê razões para acreditar? Qual seria sua lista? Acrescentaria às razões acima, tiraria algum item?

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2023

Viramos novamente o calendário, mais um ano se inicia, com expectativas renovadas de que teremos um ano melhor e de maiores realizações, saúde e bons momentos. O início de ano também se apresenta como uma ótima oportunidade para refletir sobre o caminho trilhado até aqui e planejar os próximos passos. 

Para contribuir neste processo listo abaixo alguns tópicos para que você possa organizar as ideias e traçar seu percurso neste ano. 

  1. O que você aprendeu no último ano? 
  1. Quais foram os momentos mais incríveis e por quê? 
  1. Há algo que você gostaria de ter feito diferente no último ano? 
  1. Quais foram seus principais objetivos no último ano e como você os atingiu? 
  1. Quais são seus objetivos para 2023 e como você planeja alcançá-los? 
  1. Há algum hábito ou atividade que você quer incluir em sua rotina em 2023? 
  1. O que você espera para este ano em sua carreira? 
  1. Você tem em mente alguma estratégia para se manter motivado e focado em seus objetivos? 

Ressalto que não há uma época preestabelecida para iniciarmos qualquer projeto ou mudança em nossas vidas, mas toda virada de ano, pelo seu caráter de ritual de renovação, traz elementos que podem nos ajudar a impulsionar na realização de mudanças e busca por atingimento de objetivos em nossas vidas, em todos os âmbitos.  

E então, acrescentaria algum tópico na lista acima? E como responderia a estes tópicos apresentados?

Curta e comente, vamos dialogar, trocar ideias e aprendizados a respeito do tema. 

Feliz 2023! 

Dica de Novembro

Obra de Benjamin Labatut. Este é seu terceiro livro, foi finalista do International Booker Prize em 2021. Protagonizado por cientistas famosos como Einstein e Schrödinger, mas também por figuras menos conhecidas e igualmente fascinantes, como o perverso alquimista Johann Conrad Dippel e o brilhante príncipe francês Louis de Broglie, Quando deixamos de entender o mundo é uma investigação literária sobre homens que atingiram o “ponto de não retorno” do pensamento e nos revelaram em alguma medida o “núcleo duro no centro das coisas”.

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Afinal, o que mudou?

Muitos textos e artigos a respeito de como as pessoas ressignificaram as experiências de trabalho, foram realizadas “a quente”, ainda em meio a pandemia e isolamentos sociais, home office e ‘e-commerce’ para atender as necessidades. Passados dois anos desde o início da pandemia, as certezas sobre um “novo normal” ainda permanecem, e certezas construídas de forma apressada estão sendo revistas.

Portanto, como as pessoas estão avaliando sua carreira e seus projetos e estilos de vida? E quanto as lideranças políticas e empresariais, estão trabalhando com quais cenários?

Com estas questões em pauta que este espaço passará a tratar, compartilhando conteúdo, entrevistas e reflexões abrangentes para compreender e acompanhar como especialistas, acadêmicos, gestores e lideranças empresariais e financeiras estão avaliando o mundo do trabalho e sua reconfiguração para os próximos anos.

Tempus fugit

A relação que temos com o nosso tempo, vai se modificando enquanto vamos envelhecendo, pode ser sentido como rápido demais, lento demais, como uma eternidade ou como algo que nos escapa. Hoje sabemos que lidamos com o tempo “cronos”, aquele do tic-tac do relógio e o tempo psicológico, que se relaciona com os aspectos mais subjetivos de nossa vivência do passar das horas e dos dias.

Gostaria de chamar a atenção, no entanto, para outra percepção de tempo, que aqui vou tratar de tempo existencial, quando experienciamos o tempo de vida, de nossa vida, a partir de uma certa compreensão (ainda que precária e resistente) de nossa finitude.

Desde pequenos, nos é oferecido uma proposta de distribuição de nosso tempo, num formato “standard”, que grosso modo se daria com a seguinte distribuição, tempo lúdico da primeira infância, de escolarização, de profissionalização, entrada no mundo do trabalho, financiamento imobiliário e moradia, de constituição de família (casamento e geração de prole), construção de patrimônio, preparação de aposentadoria, fluição das benesses da aposentadoria, e num ponto indeterminado morte com legados e uma boa herança para o conforto de nossos descendentes.

Essa distribuição seria vivida no correr dos dias com lazer “instagramáveis”, eventos familiares e de amigos (também “instagramáveis”), finais de semana, férias e rotinas bem definidas de segunda a sexta, numa agenda que pode ser definida por nós por chefes e instituições da qual dependemos para nossa renda mensal.

Até aqui nenhuma novidade, uma vida planejada, com alto grau de previsibilidade e uma sensação de segurança capaz de proporcionar quase uma experiência de tédio.

A vida e o mundo com seus sacolejos dificilmente permitem esse modo previsível e não aceita bem o “standard” como dinâmica real de vida. E isso gera profundos sentimentos de angústia e ansiedade, como se a vida nos escapasse, fugisse do “script”, do roteiro bem delineado que ouvimos desde pequenos.

Eventos disruptivos de caráter coletivo e pessoal nos atingem a todos de tempos em tempos e o modo como lidamos com a imprevisibilidade diz muito sobre nosso estado de ânimo e nossa experiência de vida.

Compreender que há um tempo pensado e outro efetivamente vivido pode trazer uma nova forma de lidar com o nosso tempo que não seja mais marcado pelo sentimento de inadequação, de incompetência, de medo ou de que ele nos escapa, mas de entender que é possível pensarmos no tempo como conciliação entre nossos desejos e aquilo que o real se apresenta, nas suas condicionalidades, de modo próprio e singular.

Trabalho híbrido.

As empresas que aderiram ao modelo híbrido estão aprendendo que não é uma mudança fácil. Na semana passada, a Microsoft lançou seu mais recente Índice de Tendências de Trabalho, que esclarece alguns dos desafios.

A pesquisa é robusta: envolveu informações de 31.000 pessoas em 31 países, bem como análises de tendências do LinkedIn e dados de produtividade anônimos do Microsoft 365.

“O que descobrimos é que os últimos dois anos deixaram uma marca indelével na psique dos trabalhadores, alterando suas expectativas e mudando fundamentalmente a maneira como o trabalho é feito”, escreveu Jared Spataro, que lidera a equipe de trabalho moderna da Microsoft, em um novo artigo que descreve suas descobertas.

Ele argumenta que os líderes “que adotam uma nova mentalidade e mudam as normas culturais posicionarão melhor seu pessoal e seus negócios para o sucesso a longo prazo”. O artigo de Spataro descreve cinco tendências-chave que os líderes precisam entender para mudar suas mentalidades:

– Os funcionários têm um novo conjunto de prioridades quando se trata de trabalho e vida. Cinquenta e três por cento disseram serem mais propensos a priorizar sua saúde e bem-estar sobre o trabalho, em comparação com antes da pandemia.

– Os gerentes sentem que estão presos entre a liderança e as expectativas dos funcionários. Setenta e quatro por cento disseram que não têm influência ou recursos para advogar em nome de sua equipe.

– Os líderes precisam explicar por que querem que as pessoas voltem ao escritório – e fazer valer a pena o deslocamento das pessoas. Cinquenta e um por cento dos funcionários que atualmente são híbridos dizem que estão pensando em mudar para totalmente remoto no próximo ano.

– Trabalho flexível não significa que todos devem estar sempre ligados. Os dados da Microsoft revelam que, em comparação com o início de 2020, as pessoas estão trabalhando mais (a jornada média de trabalho aumentou 13%, o trabalho após o expediente aumentou 28% e o trabalho nos fins de semana aumentou 14%). Os funcionários também estão enviando mais chats (aumento de 32%) e passando mais tempo em reuniões (aumento de 252%).

Como observa Spataro, esta é “uma maré crescente que não é sustentável”.

Precisamos de novas formas de reconstruir o capital social, e não pode ser apenas uma questão de tempo no escritório. Os líderes precisam criar tempo e espaço para que os funcionários se conectem uns com os outros.

Percepção dos brasileiros sobre as mudanças climáticas

O @ITSriodejaneiro acaba de lançar pesquisa de abrangência nacional sobre “A Percepção dos Brasileiros sobre Mudança Climática” feita em parceria com a Universidade de Yale, ICS e o IPEC. Em suma, mudança climática é preocupação central.

https://www.percepcaoclimatica.com.br/edicao-2021-mudancas-climaticas-na-percepcao-dos-brasileiros